No passado dia 10 de maio, realizou-se no concelho de Loures a conferência “Do Desporto ao… Mundo Corporativo!”, organizada pela 2Build. Esta conferência juntou diversos oradores gerentes de empresas, inclusive André Sousa Sequeira. O CEO da Make it Bizz abordou alguns temas como finanças pessoais, a fiscalidade nas empresas, a importância de constituir equipas multidisciplinares e ainda a forma como concilia a sua vida pessoal com a vida profissional.
Começou por salientar que as finanças pessoais são um investimento a longo prazo. “Os jovens de hoje que comecem a valorizar o dinheiro e as opções que tomam podem ser os futuros gerentes de empresas. Se uma pessoa abre uma empresa, do que quer que seja, e é desconhecedora de finanças pessoais, mais tarde irá por certo recorrer a um banco para pedir empréstimos, não valorizando o “custo” do dinheiro. E se a pessoa souber como pedir e o que está em causa, e não aceitar logo a primeira proposta que vem. Tudo isso é relevante.”. Conclui referindo que “é um investimento que se deve fazer nesta geração para que um dia mais tarde possam ter retorno e apliquem os seus conhecimentos na gestão diária de uma empresa.”.
Relativamente à fiscalidade, diz que esta continua a ser um tabu, algo que as pessoas vêm como aborrecido, e portanto um mega desafio. Todos os anos os códigos são alterados, tem a ver com a política fiscal que os governos definem. Não há estabilidade. “Há muitas exceções e convém consultar alguém que domine a área porque a gerência tem de estar focada na estratégia do negócio, no marketing e nas operações. A área financeira e a área fiscal, e todas as outras que têm as suas especificidades, cada vez mais têm de estar entregues a especialistas internos ou externos a tratar desses temas.”.
Quando questionado acerca da importância de constituir equipas multidisciplinares, acredita que dificilmente se é bom em várias áreas, mas que se deve primeiro testar o negócio de forma informal e só depois avançar para as formalidades e constituir a empresa. Diz que uma empresa é lidar com pessoas e que “os jovens devem desde cedo nos trabalhos de grupo ver com quem é que podem trabalhar melhor. Se a equipa for coesa, se souberem trabalhar uns com os outros, se puxarem uns pelos outros, é vital.”, termina.
Por fim, refere que anda sempre com o trabalho e as obrigações na cabeça, mas que quando foi pai ocorreu a grande diferença. “Cada vez mais tento fechar e separar as coisas.”. Se não conseguir acabar durante o dia é porque tem excesso de trabalho ou geriu mal o tempo, sendo que é mais fácil atuar sobre isso do que colocar mais horas de trabalho, algo que não é saudável nem física nem mentalmente. “Temos de tomar decisões, gerir melhor o nosso tempo e atuar sobre o que é essencial.”, finaliza.
Para assistir à entrevista na íntegra, clique aqui.